Você profissional web, freelancer ou não, diga para si mesmo: qual a sensação de receber um bom feedback de um cliente por um trabalho bem executado?
Imagine como seria escutar seu cliente reportando números como, por exemplo, 134% de crescimento em suas conversões?
Qual a importância de ser sempre requisitado até ser indicado por esse cliente a outros? Como você se sentiria se estas boas sensações repetissem regularmente?
No mínimo você se sentiria feliz. Não?
Se as respostas para essas questões forem positivas, OK. Entretanto se as respostas forem abaixo de algo ótimo pode ser que seus projetos não são vencedores. São sim projetos para “cumprir tabela”.
Projetos para cumprir tabela são trabalhos entregues e “Adeus”! O cliente só te retorna para exigir manutenções chatas e que atendem a vaidade dele. E com isso você não cresce, o cliente não cresce e muitas oportunidades e dinheiro são jogados no cesto de lixo.
Talvez você não perceba, mas isso pode estar acontecendo a todo o momento com todos envolvidos e de forma automática. É um “anestesiamento” geral e conformista. Este cenário impede que você fidelize clientes.
É isso que você quer para sua carreira profissional?
E se você soubesse que se doando um pouco mais você pode proporcionar para você, sua empresa e seus clientes rendimentos superiores aos alcançados hoje?
E que tudo isso tem a ver com Testes A/B e conversões? Muita coisa!
Eu sou é Ed Francisco e fui convocado para a missão de escrever sobre nossas experiências com Testes A/B e conversão enquanto o David Arty está super atarefado preparando um material bacana exclusivo para você.
Espero que você curta e sinta-se a vontade para complementar este artigo na seção de comentários com suas experiências. Afinal os seguidores do Chief são os leitores mais bacanas da web, que deixam comentários, que curtem, que compartilham, que enviam chocolates, etc.
Sem mais delongas saiba o que você verá neste artigo:
- Quando somos inconsciente de nossa incapacidade técnica;
- O que é Teste A/B?;
- Exemplificando o teste A/B;
- Como Obama arrecadou 60 milhões de dólares com teste A/B e otimização da taxa de conversão;
- Para que servem os testes A/B aos profissionais da web?;
- O que é conversão?;
- Tipos de landing pages?;
- O poder das Squeeze Pages;
- Design aplicado à conversão;
- Vantagens do uso dos testes A/B;
- Procedimento de um Teste A/B;
- O que testar?;
- Ferramentas para testes;
- Resistência a execução de testes;
- Estudo de caso (Uso de Gestalt e Teoria das cores aplicada a conversão).
Quando somos inconsciente de nossa incapacidade técnica
Como o David Arty sempre recorda, ele passou por empresas onde o objetivo era entregar os projetos o mais rápido possível e “Adeus”. Uma linha de produção com pouco tempo para analisar se o cliente ficou satisfeito, pois já tinha outro projeto na “ponta da esteira”. O quanto isso é desestimulante?
Mas depois ele teria suas primeiras experiências como freelancer e poderia ter mais independência criativa para se preocupar mais com a qualidade e satisfação de seus clientes.
Porém os vícios adquiridos nos antigos empregos se materializaram quando a comunicação não era boa com o cliente e quando as contas a pagar estavam corroendo seus bolsos.
Tudo isso porque ele não sabia que existiam outras possibilidades para fidelizar seus clientes. Esta é a fase que você desconhece que exista algo importante que você poderia dominar, ou seja, uma inconsciência de sua incapacidade técnica e operacional (no caso, falta de domínio Design aplicado à conversão).
Porém, um dia o David, ao ser contratado por uma empresa preocupada firmemente com resultados, passou da fase “De inconsciente de sua incapacidade técnica e operacional ” para fase “De consciente de sua incapacidade técnica e operacional”.
Consciente de sua incapacidade técnica David despertou e correu atrás para aprender como obter resultados através de processos focados em conversão. Isso possibilitou um salto de crescimento profissional gigante fazendo-o entrar na fase “Consciente de sua capacidade técnica” de domínio do Design aplicado à conversão.
E você também pode dominar. Mas para você que desconhece o que precisa para ter também um salto de performance profissional que ajude a fidelizar seus clientes vamos então apresentar os formatos e testes que você pode oferecer ao mercado.
O que é Teste A/B?
Um teste A/B é a base para otimização de marketing aplicado na web. É um teste quantitativo que consiste em mostrar diferentes versões de um formato de mídia online para fatias diferentes da audiência de um negócio online e assim conseguir testar qual página tem melhor performance. Nele utilizamos números como aliados.
Segundo o site Stelhouse, as taxas de conversão variam tipicamente de 1 a 3 por cento. Um valor baixo. Para melhorar é necessário investir nas melhoras práticas de otimização de conversão. E é neste cenário que os testes A/B podem ser uma boa.
A Stelhouse afirma que usando métodos de segmentação corretamente em testes podem-se aumentar as taxas de conversão de um site 300% ou mais. Sendo que o teste A/B é o método de teste mais utilizado para melhorar as taxas de conversão.
Só para você ter uma ideia, em 2011 o Google realizou mais de 7.000 testes A/B. Empresas como Amazon.com e eBay freqüentemente apresentam versões ligeiramente alteradas de seus sites para testes.
Pena que são poucos nesta imensidão que aderiram à melhoria de suas conversões sem se basear em achismos.
Exemplificando o teste A/B
Vamos a um exemplo hipotético: Testar duas páginas de vendas semelhantes com um formulário de captura onde as poucas diferenças entre as páginas são a cor do botão submit e 0 tipo de fonte utilizada Verdana.
Quanto à fonte podemos até nos basear nos estudos de casos encontrados no artigo “Como usar a Tipografia para melhorar a Conversão de seus projetos?”.
Na versão A, a página antiga, possui o botão para efetuar a compra na cor verde. Na versão B a página possui o botão na cor vermelha.
Durante o teste é enviado 10.000 visitantes para cada página. Sendo que a página A foi responsável por 200 vendas, resultando uma taxa de conversão de 2%. Já a variação, página B, efetuou 300 vendas, com uma taxa de conversão de 3%. Ou seja, um ponto percentual que pode fazer muita diferença. Veja:
Supondo que o produto vendido em ambas as páginas custe R$ 50,00. Bastou esta pequena alteração do Design para que a página vencedora B conseguisse uma taxa de conversão 50% a mais que a página antiga e rentabilizar R$ 15.000, ou seja, Cinco mil Reais a mais em relação a página A.
Obs.: Se tratando de um exemplo hipotético não há uma definição sobre as decisões de Design da página B que influenciaram seu sucesso. Porém podemos estimar que a decisão de escolher a cor vermelha poderia ter causado um maior contraste em relação ao layout chamando a atenção do usuário e o estímulo ao clique, ou até a própria característica quente da cor poderia reforçar esta atenção.
Como Obama arrecadou 60 milhões de dólares com testes A/B e otimização da taxa e conversão
Para a campanha do Presidente americano Barack Obama de 2008, foi iniciado um experimento simples um ano antes através de otimização de site e testes A/B para a levantar dezenas de milhões de dólares.
A melhor versão do teste obteve uma melhoria de 40,6% na taxa de inscrição. O que possibilitou na captura de 2.880.000 endereços de e-mails a mais do que se tivesse mantido a campanha com a versão original.
Página da campanha de Obama de 2008 vencedora de teste A/B – Artigo fonte: Optimizely Blog
Esta captura de 2.880.000 endereços resultou em um adicional de US$ 60 milhões em doações.
Percebeu como estas técnicas utilizadas por você em seus projetos e nos projetos dos seus clientes podem trazer benefícios e te tornar uma autoridade perante eles?
Para que servem os testes A/B aos profissionais da web?
Serve para testar constantemente anúncios em redes sociais, landing pages, campanhas de e-mail marketing e outros formatos para garantir que o seu negócio esteja obtendo o maior retorno possível sobre investimento.
O grande benefício de utilizar testes A/B é validar suas decisões evitando tomar medidas arbitrárias e coletando argumentos para apresentar aos seus clientes.
Obs: Não podemos nos esquecer de que além de testes A/B outros testes de usuários como os clássicos testes de usabilidade existem e são indicados (se o tempo e o orçamento permitirem) para tomadas de decisões.
O caminho esperado de um teste para garantir o retorno passa pela conversão. Mas o que é conversão?
O que é conversão?
Conversão é um evento online definido por uma empresa que ocorre quando um usuário interage com algum site ou outro tipo de formato online desta empresa.
Esta interação pode decorrer de um clique, assinatura de um boletim, compra de um produto, um telefonema (por que não?), entre outros.
Cabe à empresa mensurar os resultados de conversões alcançados em suas campanhas, estratégias de marketing e otimização com testes A/B.
Um formato bastante utilizado pelo marketing online que possibilita conversões são as landing pages.
Tipos de landing pages?
Você pode ver no artigo sobre design para conversão o que são landing pages. Reforçamos aqui que elas são páginas de destino ou se você preferir de aterrissagem.
Levam esta denominação porque são para onde os usuários são destinados quando clicam em um anúncio patrocinado de algum buscador ou rede social ou quando clicam em um resultado de busca.
Pensando desta forma qualquer página de um site é uma landing page?
Você pode até não concordar comigo. E imagino que a maioria esmagadora dos empreendedores, internet marketers e especialistas em geral também não, porém afirmo que qualquer página que “aterrissem” visitantes são landing pages. Lógico desde que contenha em sua interface alguma estratégia definida que faça o usuário interagir levando a conversão.
O que dizem por aí é que landing pages tem um formato determinado para que o usuário não se disperse e também uma regra para que estas páginas estejam fora do fluxo normal do site. Isso eu acredito ser a definição de Squeeze Page que falarei no próximo tópico.
Porém eu determino minhas landing pages de acordo com o objetivo traçado. Imagine a seguinte situação:
Você verifica em seu Google Analytics que um artigo tem um crescente aumento nas visitações vindas de tráfego orgânico por causa do assunto abordado e com bom tempo de permanência na página. Você pode optar em transformar este artigo em uma Landig (Squeeze) Page. Ou optar e aproveitar a qualidade do artigo para inserir um formulário de captura no final do artigo com uma chamada para ação e um proposta única de venda irresistível para que ele receba mais conteúdos relacionados.
Eu prefiro a segunda opção e você?
A segunda opção não deixa de ser uma landing page. Tem visitantes aterrissando, o artigo tem elementos de persuasão e um formulário para capturar e-mails. Muitos sempre fizeram isso.
Artigo do Viver de Blog que convida o usuário a receber infográficos no bloco de conteúdo VIP.
Então podemos concluir que uma squeeze page, post do seu blog , uma página de vendas, uma página de contato, ou mesmo a home page pode ser um tipo de landing page. Isso mesmo, sua home page.
Com o advento do SEO, páginas internas podem ter mais visitas que a home. Mas ainda assim ela tem muito potencial. E tem gente esperta que não a descarta como uma landing page funcional. Veja:
Página inicial de Chris Duckers
A homepage de Chris Duckers possui elementos comuns em qualquer landing page. Uma manchete, um subtítulo que descreve a oferta gratuita, uma lista com os benefícios, uma formulário simples, um botão de chamada de ação e uma imagem do autor que traz proximidade. O conteúdo após a primeira dobra apresenta aprovação social e conteúdo relacionado ao blog.
Outro caso:
A Wedbuddy teve um aumento de 73% em assinaturas fazendo algumas mudanças para sua homepage.
Para chegar a esse resultado a mudança de maior destaque foi mudar o antigo texto “Start Your Free Trial” (Inicie o seu teste gratuito) do botão call to action rosa para “I want to try it out” (Eu quero experimentá-lo).
Mas nem todas as páginas que recebem visitas podem ser consideradas landing page. Exemplos:
- Uma página “Sobre” bem simples que não proporciona nenhum elemento de interação, não é landingpage mesmo que receba visitas;
- Um página de blog que não tenha no final do artigo um botão de redirecionamento, um formulário de captura ou outra meta de interação, não pode ser considerada uma landing page.
Então você pode concluir (se por bem assim concluir) que qualquer pagina dentro ou fora do fluxo de um site que direcione usuário e tenha (eu disse “tenha”) uma meta a ser mensurada é uma landing page.
Entretanto, independente do objetivo, a forma mais indicada de otimizar qualquer formato é utilizar teste A/B. Irei aprofundar sobre isso mais a frente.
Agora quando o objetivo é potencialmente capturar e-mails nada é mais eficaz que as squeeze pages.
O poder das Squeeze Pages
Squeeze page é um tipo de landing page específica e mais contundente e poderosa para conversão, principalmente para captura de e-mails ou algum outro dado do usuário. É a famosa página de captura.
Squeeze quer dizer aperto, compressão. As squeeze pages “comprimem” visitantes de seu tráfego para dentro do funil de vendas. Posteriormente é possível transformá-los em leads qualificados através de relacionamento para deixá-los aptos a receber ofertas.
Para que a conversão aconteça é indicado que o tráfego seja segmentado e que se ofereçam alguns incentivos em troca da captura de dados como, por exemplo:
- Consulta para serviços profissionais;
- Cupom de desconto;
- e-Books;
- Registro em webinário;
- Teste grátis de alguma ferramenta;
- Notificação de um lançamento de produto futuro, entre outros.
A seguir exemplo de Squeeze page que oferece um incentivo e chama para ação através do botão amarelo:
Ao clicar no botão uma janela se abre para que o usuário preencha seus dados para que possa receber o incentivo em sua caixa de entrada através de uma mensagem de e-mail marketing.
É possível que o usuário, caso não queira permanecer na lista, se descadastre. Um trabalhe sério de e-mail marketing não pode permitir espaço para prática de spam.
Respeite a privacidade de se usuário. Colete e-mail de forma segmentada e crie um bom relacionamento com o usuário que assina um boletim.
Uma Squeeze page é uma landing page, entretanto nem toda landing page é um Squeeze page
Existe muita confusão por aí. Uma Squeeze page é uma landing page, entretanto nem toda landing page é um Squeeze page. Landing pages tem funções abrangentes de acordo com a estratégia traçada. E isso vai desde um clique com direcionamento, um registro, uma venda, e ate é a captação de e-mail.
E como o assunto é captação de e-mails é indicado que as squeeze pages fiquem fora do fluxo comum do site. Para que potencialize a conversão de todos os elementos da página que precisam concentrar a atenção do seu leitor sobre a oferta e apenas a oferta.
Elementos que causam distração devem ser evitados. Não se incluem links que permitam o que o usuário saia da página. Porque, claro, não se quer que o usuário deixe a página.
Agora vamos falar sobre Design aplicado à conversão.
Design aplicado à Conversão
David Arty já explicou no artigo Design para conversão sobre técnicas que potencializam o poder de decisão de compra de um “público segmentado” e a conversão.
Entre elas se encontram o encapsulamento, contraste, direcionamento, uso do espaço em branco, minimalismo e o uso de gatilhos mentais. Tudo isso aliado aos eternizados conceitos de Web design contribuem para atingir as metas traçadas.
Agora pegue tudo isso e potencialize com segmentação, testes, e melhoria contínua das decisões de Design. É um verdadeiro “kaizen” aplicado ao Design evitando desperdícios de oportunidades através da melhoria contínua.
E chegamos com isso à aquela questão tratada no começo do artigo sobre o profissional anestesiado que joga para cumprir tabela. Sabe qual a diferença deste profissional conformado para aquele que executa projetos campeões?
É que os que projetam sites vencedores focam em otimizar as taxas de conversão com melhoria contínua das decisões de design e ainda vão além: eles testam versões de suas interfaces para validar qual atinge melhores resultados.
Então realize testes.
“Ser capaz de descobrir rapidamente o que funciona e o que não funciona pode significar a diferença entre a sobrevivência e a extinção”.
Hal Varian, economista-chefe do Google
Quando você testar você pode manter o que está dando certo e alterar o que é ineficaz em uma interface, aplicando uma melhoria contínua até provar o crescimento do empreendimento. Isso vai de encontro com os conceitos do Web Design Científico pregado pela Convertion Rate Experts.
Vantagens do uso dos testes A/B
- São práticos;
- Podem atingir taxa de conversão mais elevadas;
- Requer menos tráfego;
- O resultado se obtém mais rápido,
Existe também outra versão chamada Teste Multivariado.
Os testes multivariados utilizam o mesmo mecanismo de comparação e mensuração de elementos da interface testada, mas possui maior complexidade, pois utiliza um número bem maior de versões de elementos a serem testados e como estes influenciam os outros.
É indicado quando se tem grande quantidade de tráfego e uma estratégia de refinar páginas que já têm um bom desempenho.
Procedimento de um Teste A/B
Testes A/B podem ser utilizados em ferramentas de e-mail marketing para definir qual e-mail possui maior abertura ou cliques, em campanhas de anúncios patrocinados e principalmente em páginas.
Para exemplificar vamos descrever como proceder em uma squeeze page que é o formato mais utilizado para captura de dados do usuário.
Primeira coisa é construir uma página de controle, a página modelo (A) que servirá de base para as páginas com variações.
A partir da página de controle você constrói um clone idêntico que será a página de variação (B). O que mudará nesta página será o item que você escolherá para ser alterado e confrontado com a página de controle. Você tem muitas coisas a testar, mas escolherá uma variação por teste.
Comece por um elemento que se destaque na interface, ou um elemento em que o usuário interaja, (como a cor de um botão, por exemplo) um aspecto visual ou texto que estimule alguma emoção no usuário.
O que testar?
Geralmente as variações testadas são as seguintes (Não obrigatoriamente nesta ordem):
- Títulos;
- Subtítulos;
- Descrições;
- Chamadas para ação;
- Imagens;
- Vídeo;
- Cores na interface;
- Estilo do layout;
- Formulários;
- Prova social.
Depois de definidas as duas páginas e qual elemento da interface irá testar inicia-se o teste utilizando a ferramenta que melhor se adeque a sua necessidade (Ver próximo tópico).
Você deve estipular os parâmetros finais que determinarão a versão vencedora. Entre eles é:
- Gerar tráfego de pelo menos 100 a 200 visitantes únicos para cada versão de página. Número de ideal acima de 1000;
- Garantir a duração do teste pelo menos de uma a duas semanas;
- Garantir um nível de confiança de no mínimo 95%. Falar sobre nível de confiança requer um artigo inteiro. Sugiro que leia este artigo e também utilize esta ferramenta que auxilia no cálculo http://drpete.co/split-test-calculator. Até que o nível de confiança não seja atingindo não é indicado determinar uma versão vencedora.
E quando uma versão vencer?
É hora de melhoria contínua. Escolha outro tipo de variação para testar e a partir da versão vencedora que agora será a pagina de controle. Construa uma nova página de variação e reinicie um novo teste.
E você pode testar muito mais coisas. Existe um artigo de um grande blogueiro chamado Neil Patel onde ele descreve sobre 50 ideias de testes a/b [clique aqui para ver] . Sugiro que você leia também esse artigo após terminar a leitura deste artigo do Chief.
Ferramentas para testes
Existem dezenas de ferramentas para testes com custos diferentes. Para alguns podem ser muito caro, para outros não. Depende também de quem assumirá o custo da ferramenta.
Entretanto para você que trabalha de forma independente e quer testar suas primeiras interfaces antes de partir para uma ferramenta mais robusta, eu sugiro uma ferramenta grátis, porém que cumpre a tarefa.
Trata-se da ferramenta de experimentos do Google Analytics.
Com esta ferramenta gratuita é possível criar experiências. Ao definir uma meta como “destino” é possível distribuir uniformemente o tráfego entre duas landing pages a serem testadas, a original e a variação. Também é possível determinar o tempo de duração do teste e o nível de confiança.
O caminho dentro da interface para realizar os testes é ir à aba lateral “Comportamento”, depois “Experimentos” e em seguida clicar no botão “Criar experimento”. Basta então seguir as orientações da interface.
Resistência a execução de testes
De acordo com a Conversion Rate Experts, existem três motivos para que alguns profissionais não executem testes:
- Evitar prestação de contas;
- As pessoas que trabalham para as agências podem não querer que o seu desempenho seja medido frequentemente;
- Para os clientes de primeira viagem, design focado apenas na estética é mais fácil de vender.
Eu incluiria mais um:
A inconsciência da incapacidade técnica e operacional. Lembra-se? No caso, o Design aplicado à conversão.
Estudo de caso
No decorrer deste artigo mostramos alguns casos de otimização de conversão através de testes A/B. Casos com diferentes valores de incrementos na taxa de conversão. Como exemplo, para recordarmos, o caso da campanha do Presidente dos E.U.A Barack Obama com 40,6% de aumento na taxa de conversão.
Esses estudos mostram que você pode também conseguir uma melhoria nas taxas de conversão para seus clientes e também para sua empresa, por que não?
No título deste artigo falo em aumentar sua taxa acima de 52% o que é perfeitamente possível. Pode ser que você consiga mais ou até menos. Porém uma coisa você pode ter certeza:
Se você nunca testar variações de seus layouts você nunca irá saber se poderia aumentar suas taxas de conversão.
E mesmo um aumento de somente 1% pode representar um ótimo resultado se tratando de um site com tráfego alto.
Quero mostrar agora uma das experiências que tivemos no decorrer deste ano usando o Design de conversão. Importante notar que utilizamos de conceitos importantes do Design como Segregação (Gestalt) e Contraste (Teoria das Cores).
Neste ano o Chief of Design teve a oportunidade de lançar e comercializar um e-book chamado E-book Solidário de Fluência em HTML & CSS. Este material consiste em ajudar os interessados em aprender Front-End a darem os primeiros passos na construção de páginas Web, através do HTML e CSS. Também tem o intuito, e sempre terá enquanto o Chief of Design existir, de arrecadar fundos para serem 100% revertidos ao GRAAC.
O lançamento correu bem e com boa repercussão e nada mais óbvio que otimizar nossos anúncios e nossa páginas de captura e vendas. Por isso nas primeiras semanas de lançamento testamos duas versões de página de captura de e-mails de pessoas interessadas no produto. Estas páginas além de capturar e-mails direcionavam os interessados para a página de venda.
Como o botão submit de chamada de ação é um ponto importante e geralmente um ponto de partida que efetuamos no Chief of Design ele foi escolhido para ser testado.
O a cor do botão da página original (chamaremos de VERSÃO A) em si já é destacante. Segregamos esse elemento utilizando a cor verde para despertar a atenção do usuário.
Repare na figura a seguir que mesmo obedecendo a paleta padrão da identidade visual do e-book acreditávamos que seu o contraste junto aos outros elementos da página poderia contribuir para chamar o usuário a ação.
Porém não víamos problema em usar outra cor fora do padrão da identidade no botão caso aumentasse a conversão. Portanto projetamos a variação da página (VERSÃO B) com o botão alaranjado, que além de manter o contraste direciona ainda mais atenção do usuário para chamada de ação graças a segregação do elemento (Um princípio de Gestalt) através da cor.
Veja na imagem a seguir como o botão se destaca ainda mais:
Graças a este efeito destacante foi comprovado através de Teste A/B que o botão alaranjado era mais eficaz. E ele proporcionou um aumento de 52% na taxa de conversão a mais que o verde.
Conclusão
Uma observação importante antes de prosseguir com a conclusão.
Tudo que foi escrito acima eu considerei que a princípio o conteúdo de seu cliente, e até mesmo o seu (porque não?), deva ser de alta qualidade para as conversões não serem em vão.
Prosseguindo:
Você pode achar que esta onda de Landing pages pode ser uma obsessão ou moda. Eu entendo que é o que temos para hoje.
Sobrevivemos a sites com introduções intermináveis em flash, sites em tabelas e outras ondas para atingir o público esperado. Porém atualmente trabalhar com marketing de conteúdo e usar o Design aplicado à conversões tem se mostrado muito eficiente para atrair seguidores. Entretanto isto exige testes, observação, ajustes e desenvolver as tais Landing pages.
Tentei mostrar através de estudos publicados que é possível melhorar resultados através de testes A/B. Se você já os realiza, muito bem. Senão, quem sabe pode fazer alguns experimentos. Se o cliente não quer testar use, além de sua argumentação conceitual, números.
Trabalhar com otimização da conversão é uma ótima forma de se obter números.
Agora me diga: Você realiza ou já realizou testes em sites de clientes para otimizar a conversão?
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Também aceito chocolates!
Forte abraço!
Referências:
https://www.idealmarketing.com.br/blog/teste-ab/
https://blog.optimizely.com/2010/11/29/how-obama-raised-60-million-by-running-a-simple-experiment/
https://www.chiefofdesign.com.br/design-para-conversao/
https://www.chiefofdesign.com.br/gestalt/
https://www.chiefofdesign.com.br/teoria-das-cores/#subtitulo06
http://www.conrado.com.br/lista-de-ferramentas-para-testes-multivariaveis-e-testes-ab/
http://www.conversion-rate-experts.com/design/
http://www.hytrade.com.br/qual-versao-ganhou-entendendo-o-nivel-de-confianca-do-teste-ab-de-e-mails/
http://marketingland.com/your-homepage-is-the-landing-page-65502
http://neilpatel.com/2015/02/24/the-definitive-guide-to-creating-high-converting-landing-pages/
http://www.pardot.com/blog/abcs-ab-testing/
http://www.steelhouse.com/blog/campaigns/do-your-campaign-tests-pass-the-test/
Ed Francisco
Olá! Aqui é Ed Francisco, colaborador do Chief of Design desde suas primeiras linhas de conteúdo e de códigos.
Por falar em códigos, acredito que o HTML é a mais notável tecnologia web a qual me permitiu chegar aqui onde estou, e também escrever essas linhas sobre mim para você.
Sou formado em Tecnologia da Produção (foi aqui que conheci o HTML) e em Técnico em Produção Digital, Web e Multimídia (onde aperfeiçoei os meus conhecimentos de HTML).
Sou Paulistano da Zona Leste. Me aventuro tentando desvendar os mistérios da web desde 2008.